O ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, anunciou ontem (dia 13 de junho) a realização de mais uma campanha
nacional de vacinação contra a poliomielite. A campanha inicia neste sábado
(16), se estendendo até o dia 6 de julho, e será realizada em parceria com
estados e municípios.
Todas as crianças menores de 4
anos, 11 meses e 29 dias devem tomar as duas gotinhas, mesmo que já tenham sido
vacinadas. Durante a apresentação da
campanha, o ministro Alexandre Padilha, reforçou a importância do Dia D .
"Além de todos os impactos positivos e um grande poder de mobilização, a
campanha da pólio contribui para a atualização do calendário de
vacinação", assegurou Padilha, destacando que os pais têm um papel
decisivo neste processo.
O ministro
lembrou que o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, é
um dos maiores programas gratuitos do mundo. Segundo ele, o PNI vem
contribuindo para diminuir a mortalidade na infância no Brasil.
Em todo o
país, 115 mil postos estarão funcionarão, das 9 às 17 horas. Além das unidades
permanentes, shopping centers, rodoviárias, escolas, entre outros locais, vão
receber postos móveis. Cerca de 350 mil pessoas estarão envolvidas na campanha,
com a utilização de 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais.
O secretário
de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, explicou que a campanha deste primeiro
semestre é com a vacina oral, as chamadas gotinhas. Ele destacou que, em
agosto, será realizada, em todo o país, a campanha de multivacinação com a
introdução da pentavalente e reforço das outras vacinas no calendário básico.
A partir de
agosto deste ano, as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja,
nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose
aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite
inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), a quarta
dose (aos 15 meses) e os reforços continuam com a vacina oral, ou seja, as duas
gotinhas.
A vacina
contra a pólio é segura. Ela se destina a todas as crianças menores de cinco
anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. No
caso de crianças que sofrem de doenças graves, recomenda-se que os pais
consultem profissionais nos postos e centros de saúde, para serem avaliadas se
devem ou não tomar a vacina. Crianças com febre acima de 38º Celsius, ou com
alguma infecção também devem ser avaliadas por um médico.
Não existe
tratamento para a pólio e, somente a prevenção por meio da vacina, garante a
imunidade à doença. O Brasil está livre da poliomielite há mais de 20 anos. O
último caso no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o Brasil
recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da
doença. E é apenas por meio da vacinação que se pode garantir que o vírus não
volte a circular em território nacional.
Apesar de
não haver registro de casos de pólio há 23 anos no Brasil, é importante manter
campanhas de vacinação anuais porque o poliovírus, causador da enfermidade,
pode ser reintroduzido no país. Isso porque, o vírus ainda circula no mundo.
Entre 2007 e 2012, 35 países registraram casos de poliomielite, sendo que três
ainda são considerados endêmicos: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.
Fonte:
Ascom/Ministério da Saúde
0 comentários:
Postar um comentário